SÃO PAULO – Ontem Elvis estreou por aqui. O filme, claro. Hoje Elba e Fagner fazem show juntos e no Teatro Renault a peça infantil Família Adams tem filas quilométricas e flanelinhas fazendo a festa ganhando dinheiro arranjando vagas de estacionamento. Na Paulista a cafeteria Bauducco reúne gente simpática, mas sempre apressada, e no Conjunto Nacional a Casa Decor 2022 junta gente ávida por estilo.
São Paulo não para! São Paulo não dorme nem deixa ninguém dormir. Todas as estações em um só dia; 4 graus ao amanhecer, 24 graus ao meio dia e 2 graus negativos na madruga. Haja saúde!
Quem mora em São Paulo tem que carregar o guarda roupa nas costas dentro de uma mochila com roupa de frio e de calor. Pense num clima indeciso!
Moro na Bela Vista, trabalho em Alphaville, mas a maioria das reuniões de network são na Paulista e vou pra lá e venho pra cá feito ioiô, seja de Uber, táxi, metrô e até helicóptero. Aqui o importante é chegar no horário, pois São Paulo tem sempre pressa.
Hoje tenho mais horas de voo do que muitos comissários de bordo, pois o globalismo requer mobilidade e escuto tantos sotaques que quase desaprendi a falar nordestinês. Pra recuperar a paraibanidade corro para o Centro de Tradições Nordestinas, pois lá é um Mangai do tamanho do Terreiro do Forró lá de Patos, e tem forró, bode, cuscuz, rubacão, tapioca e cachaça da boa todos os dias.
Vou à CNN pela manhã, Jovem Pan depois do almoço e antes da janta passo pela redação da Folha e corro para a CBN.
Bobo é quem acha que ser jornalista em São Paulo é muito diferente de ser jornalista na Paraíba. Não é e explico: quem é competente na Paraíba também é competente aqui, quem é medíocre aí também será aqui e, finalmente, quem é incompetente será incompetente em qualquer lugar.
EM TEMPO: abaixo um spoiler do que ando criando e dirigindo por aqui no campo audiovisual para uma campanha presidencial:
Dércio Alcântara.