Este sábado (1°), Dia Internacional do Trabalhador, foram registrados protestos contra e a favor do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) em João Pessoa e em demais capitais de onze estados pelo país.
Pelo Brasil
Com bandeiras do Brasil e roupas verde e amarelas, manifestantes de cidades da região sudeste carregaram faixas de apoio a Bolsonaro, várias delas com os dizeres “Eu autorizo presidente”. A frase faz referência à recente fala de Bolsonaro sobre aguardar apenas um sinal da população para intervir de forma mais radical na política brasileira.
Em Belo Horizonte e região metropolitana, os apoiadores do presidente também entoaram cantos como “a nossa bandeira jamais será vermelha” e gritos de “mito”. Em Campinas (SP) manifestantes se reuniram no Largo do Pará e exibiram faixas, cartazes e imagens do presidente da República com frases de protesto.
Em Brasília (DF), foram proferidas ofensas a governadores e a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e pedidos e “autorizações” de medidas antidemocráticas, como crítica às medidas de isolamento social para conter a pandemia. Gritos de incitação à violência também foram ouvidos. “Eu quero a ajuda de vocês. Eu peço ajuda de vocês para espancar esses filhos da puta (em referência a políticos de esquerda)”, gritou um apoiador, que se identificou como policial militar aposentado, em um dos trios elétricos na avenida.
Também foram registradas manifestações em Belém (PA), Curitiba (PR), Salvador (BA), Recife (PE), Natal (RN), Fortaleza (CE), Maceió (AL), e cidades do interior como São José do Rio Preto (SP), Limeira (SP) e Ipatinga (MG).
Em João Pessoa
A Central Única dos Trabalhadores (CUT), demais centrais sindicais e movimentos populares fizeram uma carreata no Valentina Figueiredo com destino ao bairro de Mangabeira. O ato contou com discursos e doações de cestas básicas para famílias carentes da região.
O protesto contou com carro de som e dezenas de carros denunciando a falta de vacinas contra a Covid-19, a lentidão de medidas para impulsionar a economia, bem com o auxílio emergencial no valor de R$ 600, que foi reduzido este ano para até R$ 300.
Os defensores do presidente foram à Praça dos Três Poderes (Centro) e percorreram a Epitácio Pessoa. No ato, cobraram do governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), medidas emergenciais aos profissionais que atuam no setor de eventos. Criticaram, ainda, a regulamentação do pagamento do Bolsa Desempenho que excluiu os policiais inativos. O ato foi encerrado no Busto de Tamandaré, na orla de Tambaú.
Foto: Luciano Freire/Futura Press/Folhapress.