A desembargadora e presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), Fátima Bezerra Maranhão, descartou, em entrevista concedida nesta segunda-feira (23), a possibilidade de disputar um cargo na política, como forma de manter o legado de seu marido, o ex-senador José Maranhão, falecido em 2021 em decorrência da Covid-19.
“Sempre querem saber isso, pois sou uma pessoa muito empenhada em ações sociais e acham que faço por interesse político. Fui criada por um pai político que foi vereador e deputado. Comecei a namorar Maranhão que foi um grande político. Eu fiz uma opção de servir. Mas eu creio que Deus me chamou para ser magistrada. Tenho 40 anos e mais 8 anos se quiser. Nasci para servir, mas prefiro fazer isso fora da política”, ponderou a magistrada em entrevista ao programa Arapuan Verdade.
Questionada sobre o aumento do número de mulheres magistradas na Paraíba, Fátima Maranhão reconheceu que ainda há muito o que avançar nesse sentido, afirmando ainda que seguirá lutando pela equidade na Justiça paraibana.
“Sabemos o quanto é difícil, mas esse reconhecimento pelo nosso Trabalho é muito importante. Temos 19 desembargadores, com três sendo ocupados por mulheres. Justamente por isso que precisamos continuar trabalhando para ocupar o nosso espaço na sociedade e vamos lutar para termos um Tribunal cada vez equilibrado”, declarou.
Na oportunidade, a desembargadora ainda opinou sobre as diversas condenações aplicadas pelo TRE-PB a vereadores paraibanos por fraudes na cota de gênero nas eleições, criticando a postura de mulheres que tentam burlar um direito conquistado arduamente.
“Tem mulher que se candidata apenas para cumprir a meta porque já comprovamos que nem ela votou nela. Aproveito e faço aqui um apelo: Mulheres se valorizem mais e não compactuem com esse tipo de crime”, firmou Fátima Bezerra Maranhão.