O ‘orçamento informal’ criado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e exposto pela imprensa nacional neste fim de semana, teria utilizado R$ 3 bilhões do Planalto para aumentar a base de apoio do Governo no Congresso. Desse montante, R$ 80 milhões teriam sido destinados ao deputado federal paraibano Wellington Roberto (PL), para gastos em emendas informais e sem transparência.
O valor acima citado não leva em consideração as emendas no orçamento formal, onde o acesso pelos parlamentares é igualitário. Mas, essa não é maior quantia destinada a um parlamentar. David Alcolumbre (DEM-AP), ex-presidente do Senado ‘ganhou’ R$ 277 milhões em emendas.
De acordo com a matéria do Estadão, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) foi transformada numa “estatal do Centrão” pelo governo Bolsonaro. A área de cobertura da empresa passou a incluir 36,59% do território nacional. Segundo informado, na instituição teria sido constatado superfaturamento superior a 200%, principalmente na compra de máquinas e tratores.
“Por decisão de Bolsonaro, a Codevasf também atende agora o Amapá, reduto do senador Davi Alcolumbre (DEM); o Rio Grande do Norte, base do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (sem partido), e a Paraíba, do deputado Wellington Roberto, líder do PL na Câmara”, diz a matéria.
O esquema relatado beneficiaria políticos específicos. Para entrar no quadro das emendas normais, os parlamentares indicavam diretamente, através de ofícios, onde e como o dinheiro deveria ser investido.