Os empresários Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Campos, proprietários da Braiscompany, foram convocados para prestar depoimentos na Câmara Federal, no âmbito da CPI das Criptomoedas. Os requerimentos solicitando a presença do casal, que é considerado foragido pela Polícia Federal, foram assinados pelos deputados federais Áureo Ribeiro (SD-RJ) e Júnior Mano (PL-CE) na semana passada.
Antônio e Fabrícia são acusados de crimes contra o sistema financeiro usando a Braiscompany como pirâmide financeira. A dupla foi alvo de operação da Polícia Federal em fevereiro desse ano e, apesar de mandados de prisão preventiva em aberto, eles seguem foragidos.
O deputado Júnior Mano considera “fundamental que os sócios administradores da Braiscompany sejam convocados para esclarecimentos perante esta CPI”.
“A presença dos mesmos é indispensável para que se possa investigar a fundo as práticas fraudulentas da empresa, bem como identificar outros envolvidos e adotar as medidas necessárias para reparar os prejuízos causados aos investidores e à sociedade como um todo”, afirma o parlamentar cearense.
Para o carioca Áureo Ribeiro, é levado em conta o crescimento incalculável de bens por parte dos investigados.
“Esse crescimento vertiginoso e a expectativa de expansão internacional, com promessas de altos rendimentos mensais, no entanto, transformou-se em suspeita de fraude e de ser uma pirâmide financeira. Nos últimos quatro anos, seus sócios movimentaram valores equivalentes a aproximadamente R$ 2 bilhões em criptoativos em contas vinculadas a seus nomes”, escreveu o deputado.