Até o momento, nenhum general com gabinete no Palácio do Planalto faz parte da coordenação da campanha à reeleição de Jair Bolsonaro. Liderado pelo senador Flávio Bolsonaro, o grupo conta com a participação dos comandantes dos três principais partidos do Centrão, com os quais Bolsonaro tenta fazer uma coligação eleitoral para 2022. Entre eles está o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, o ex-deputado Valdemar Costa Neto e o deputado Marcos Pereira.
Entre os generais que despacham como ministros, Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria-Geral da Presidência da República, se ofereceu para ajudar na coordenação de campanha. Porém, os conselhos dele ainda não foram requisitados.
Apesar de ser amigo de Bolsonaro, Ramos não é considerado um articulador político competente pelos caciques que hoje comandam a administração. O próprio presidente já dispensou uma vez os serviços dele.
O general Augusto Heleno, que é chefe do Gabinete de Segurança Institucional, não procurou a coordenação para oferecer ajuda. Na campanha de 2018, ele comparou o Centrão a um ajuntamento de ladrões.
Na época, o então candidato Bolsonaro dizia que jamais se renderia à velha política, o que acabou fazendo diante da necessidade de garantir estabilidade à sua gestão e afastar o risco de impeachment, e assim manter vivas as chances de reeleição.