Sob risco de desabastecimento, o Governo Federal requisitou nesta semana, os estoques da indústria de medicamentos usados para intubar pacientes, como sedativos, anestésicos e bloqueadores musculares, que passaram a ficar escassos em alguns locais do Brasil após a explosão de casos de covid-19. Porém, em relatório do CNS (Conselho Nacional de Saúde) o Ministério da Saúde cancelou em agosto do ano passado parte de uma compra de medicamentos que compõem o chamado “kit intubação”.
No documento, é possível constatar o seguinte trecho: “considerando que o processo de compra, conduzido pelo Ministério da Saúde a partir do consolidado de demandas hospitalares dos estados, em 12 de agosto de 2020, obteve êxito parcial, tendo em vista que dos 21 itens, 13 foram cancelados, 12 no julgamento, e 1 por inexistência de proposta, sendo a situação de cancelado no julgamento motivada por preços acima das estimativas de mercado”.
O governo Bolsonaro decidiu fazer requisições a hospitais privados depois de receber a informação de que os estoques do SUS (Sistema Único de Saúde) poderiam terminar em 15 dias. Faltam sedativos, anestésicos e bloqueadores musculares. Diante do aumento no número de internações por causa do agravamento da pandemia da Covid-19, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou uma nota técnica sobre situações de falta de produtos necessários para a intubação. Com a iniciativa do governo, agora, haverá desorganização da cadeia de suprimentos, ameaçando também o estoque das unidades particulares de saúde.