O ex-senador Cássio Cunha Lima (PSDB) indicou o genro, Evaldo Cavalcanti da Cruz Neto, para assumir a superintendência da Sudene. Casado com a única filha do ex-parlamentar, Marcela Cunha Lima, Evaldo substitui o empresário caruaruense Douglas Cintra. O tucano já assumiu o cargo de superintendente do órgão de 1992 a 1994.
O novo superintendente da Sudene é advogado e neto do ex-prefeito de Campina Grande, Evaldo Cavalcanti da Cruz. A nomeação do paraibano já foi assinada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.
Ao concluir o seu primeiro mandato de prefeito de Campina Grande, em 1992, Cássio foi indicado por articulação do seu pai o ex-governador Ronaldo Cunha Lima, como superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), cargo pelo qual ocupou de 1992 a 1994.
Em pesquisa realizada pela própria Sudene em 1992 também ficou patente a tendência já apontada de privilegiar as grandes indústrias, com destaque para o setor químico e metalúrgico, em geral com capital vindo de fora da região. De acordo ainda com esses dados acionistas do sudeste controlavam 50% do capital social das empresas beneficiadas pela Sudene, enquanto o capital local detinha 39%.
Em 1993, uma auditoria do Tribunal de Contas novamente indicou a existência de casos de corrupção envolvendo a Sudene, que na época era presidida por Cássio Cunha Lima (PMDB-PB).
Essas denúncias repercutiram na imprensa, o que teria provocado, inclusive, uma tentativa de assassinato. Ronaldo Cunha Lima (PMDB-PB), acreditando que a fonte das denúncias era o ex-governador da Paraíba, Tarcísio de Miranda Burity, tentou matá-lo no dia 5 de agosto de 1993. Nove anos depois os sócios da empresa Sampa S/A foram condenados à pena de reclusão pela Justiça Federal por terem participado de um esquema que desviou mais de meio milhão de reais justamente durante a gestão de Cássio Cunha Lima.