Mais cedo, o blog publicou uma matéria citando o envolvimento do ex-presidente da Fundac, Noaldo Belo, no motim ocorrido nessa segunda-feira (03), na Unidade Socioeducativa Edson Mota, em João Pessoa.
Noaldo Belo nos procurou na tarde desta terça-feira (04) e pediu direito de resposta, com base no art. 5º, inciso V da Constituição Federal. Nós, como praticantes do bom jornalismo, concedemos e, abaixo, publicaremos na íntegra a nota enviada à nossa redação.
Confira:
Venho repudiar veementemente notícia publicada por esse portal, envolvendo meu nome com os fatos lamentáveis noticiados pela imprensa, ocorridos ontem (03 de maio de 2021), na Unidade Socioeducativa Edson Mota, em João Pessoa.
A associação do meu nome ao ocorrido é falsa, absurda e abjeta. Sou um reconhecido militante de Direitos Humanos e já fui presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PB, presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos do Estado da Paraíba, sem nenhum ato que desabone minha vida profissional.
Exerci com zelo, durante 4 anos e 10 meses, a Presidência da FUNDAC. Em nossa gestão, implantamos uma proposta de humanização, educação e respeito por todos os segmentos, cujo resultado pode ser comprovado pelo número de desinternação maior que o de internação, nos últimos 4 anos. Essa proposta de humanização reduziu o quantitativo de socioeducandos (as) superior a 200%. A FUNDAC tem, nas suas 7 unidades, a capacidade para 427 socioeducandos (as), sendo 287 vagas de internação, 103 de internação provisória, 30 de semiliberdade, 05 de internação-sanção e 02 de ala protetiva.
Em 31 de dezembro de 2015, havia 677 socioeducandos (as) na FUNDAC. Em 2016, esse número caiu para 638, passando para 534, em 2017, e chegando a 490 em 2018. Em 2019, o quantitativo foi para 361 (abaixo da capacidade). Terminamos o ano de 2020 com 179 socioeducandos (as), a menor quantidade nos últimos 10 anos, pois havia 320 socioeducandos em 2011.
Coloco-me à disposição para qualquer esclarecimento, entrevista, presencial ou por telefone (83) 99928 0644) e informo que já estamos adotando as medidas judiciais cabíveis e necessárias para reparar o dano causado.
João Pessoa, 4 de maio de 2021.
Noaldo Belo de Meireles