A CIA está a advertir os funcionários contra a utilização de um medicamento antimalárico sugerido pelo presidente Donald Trump para o tratamento da Covid-19. A hidroxicloroquina pode ter efeitos colaterais perigosos, incluindo a morte.
Ao que o “Washington Post” apurou, o aviso foi inicialmente divulgado no final do mês passado numa página da CIA destinada aos trabalhadores, onde foram colocadas questões sobre a pandemia do novo coronavírus. A agência de informões dos EUA defende que “neste momento, o medicamento não é recomendado a pacientes, exceto se profissionais de saúde o prescreverem como parte de estudos a decorrer”.
A morte súbita é um dos efeitos colaterais mais significativos do uso individual de hidroxicloroquina, sendo que a sua utilização deve ser rigorosamente monitorizada por um especialista. “Por favor, não obtenha este medicamento por conta própria”, foi escrito em resposta a um dos funcionários.
Alguns meios de comunicação social já divulgaram relatos da atividade do medicamento antimalárico contra a Covid-19. Inclusive Donald Trump comentou o caso de um amigo que terá manifestado melhorias. O presidente norte-americano acredita que possa ser um medicamento que vai dar a volta ao combate à Covid-19.
A hidroxicloroquina tem sido utilizada no tratamento da malária, bem como lúpus ou artrite reumatóide.
Em Ovar, Portugal, um septuagenário e uma sexagenária recuperaram da Covid-19 após o tratamento com recurso ao mesmo remédio, que tem sido utilizado pelo Serviço Nacional de Saúde.
De acordo com a informação divulgada pelo JN no mês passado, a diretora-geral da Saúde Graça Freitas assegurou que as autoridades “estão atentas” ao que se passa nos outros países e aos medicamentos que estão a dar melhores resultados.