A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de limitar o alcance do foro privilegiado deve tirar da corte pelo menos 17 processos envolvendo senadores que já comandaram governos estaduais.
Pela nova interpretação, só os crimes exercidos durante o mandato parlamentar e que tenham relação com o cargo continuarão no Supremo.
Dos atuais 81 senadores, 20 já foram governadores. Desses, 12 acumulam 37 inquéritos e três ações penais. O senador da Paraíba, Cássio Cunha Lima, do PSDB, é um deles.
A investigação contra o tucano deriva da Operação Concorde, da Polícia Federal, que apurou esquemas de desvios de recursos e lavagem de dinheiro na campanha eleitoral do PSDB da Paraíba em 2006.
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) identificou uma movimentação financeira considerada atípica entre o então governador Cássio Cunha Lima e o empresário Olavo Cruz de Lira no montante de quase R$ 1,5 milhão entre os anos de 2006 e 2009.
As informações estão em um levantamento do Congresso em Foco que mostra que caso do paraibano por não ter nada a ver com as atividades no Senado Federal, deverá desembarcar no pleno do Tribunal de Justiça da Paraíba, ou seja, na 1ª instância.
O Inquérito que investiga Cássio é o 3404