Nessa quarta-feira (07), o Instituto Butantan anunciou que foi necessário suspender temporariamente a produção da vacina Coronavac, utilizada contra a Covid-19, por falta de insumos.
O instituto assegura que, apesar do atraso na entrega da matéria-prima para fabricação dos imunizantes, seguirá os prazos estabelecidos nos contratos com o Ministério da Saúde. 2,5 milhões de doses já estão prontas, aguardando o prazo do controle de qualidade, e devem ser entregues na próxima semana. Até o fim de abril, o Butantan se comprometeu a entregar 46 milhões de doses.
Um novo carregamento de matéria-prima, o chamado IFA (Insumo Farmacêutico Ativo), estava previsto para chegar da China na próxima sexta-feira (09), mas foi postergado. O atraso foi admitido pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (07).
O insumo é fornecido pela parceira do Butantan com o laboratório chinês Sinovac. O atraso na entrega da remessa foi provocado pela intensificação da campanha de vacinação na própria China. Até agora os chineses vinham exportando boa parte de suas vacinas porque estão com o contágio da Covid-19 controlado.
Doria disse na coletiva que chegou a ligar para o embaixador chinês em Brasília, Yang Wanming. Dois dias atrás, o embaixador publicou na sua conta no Twitter uma mensagem sobre encontro com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e garantiu que a China seguiria mandando insumos ao Brasil.
Agora, está previsto para 15 de abril a chegada de 6 mil litros de IFA em São Paulo, quantidade suficiente para produzir 10 milhões de doses. O Butantan tenta antecipar essa data para retomar a produção.
Procurado pela reportagem da CNN, o Butantan não negou a paralisação da fábrica, mas frisou que, apesar do atraso na entrega do insumo, vai cumprir seus compromissos estabelecidos em contrato com o Ministério da Saúde.
“O Instituto Butantan informa que é esperado para a próxima semana um novo carregamento de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) de 6 mil litros, correspondentes a cerca de 10 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus. Com isso será possível cumprir integralmente o primeiro contrato com o Ministério da Saúde, totalizando a entrega de 46 milhões de doses ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) até 30 de abril”, informou.
CNN Brasil