Todo mundo notou que Bruno Roberto e Ricardo Coutinho fugiram do debate da Arapuan, igual o diabo foge da cruz. Se tivessem ido, se suicidariam como num ritual japonês de Haraquiri, que com a honra manchada guerreiros se matam de vergonha.
Não vou aqui entrar no mérito do tamanho da mancha de cada um e até acho que a de Bruno pode ser lavada num tanquinho com água e sabão.
A de Ricardo é nódoa de lama do esgoto da política e feito o guarda civil, tem medo de botar a roupa no quarador, pois a podridão atrairá uma revoada de urubus.
Fugir do debate é mais que ato covarde nesse caso. Inviabilizado pelo raquitismo eleitoral e abalado pela conjuntura de grandes desavenças no PL, Bruno nem o guia parece estar gravando mais.
Inelegível pelas pernadas que deu nos cofres públicos, Ricardo Coutinho foca na saída honrosa e a esposa Amanda Rodrigues já divide com ele os espaços do guia eleitoral.
A Paraíba não perdeu nada com as ausências dos inviabilizados Ricardo e Bruno, e ganhou muito com a desenvoltura diante das canetas de Efraim Filho, Pollyanna e Sérgio Queiroz.
Fugir é para os fracos, enfrentar de cabeça erguida e com altivez é para os fortes. Indo ou não indo, Ricardo e Bruno cometem Haraquiri.
Dércio Alcântara




