Nessa sexta-feira (21), Boris Casoy voltou a fazer críticas ao Governo Bolsonaro. No momento em que gravava para o CNN Liberdade de Opinião, o jornalista soltou o verbo contra o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e disse que ele tem “um encontro marcado com Satanás”.
O ex-âncora afirmou que o “encontro” seria para explicar suas atitudes em relação ao negacionismo infanticida do governo federal.
“Ministro, você tem um encontro marcado com Satanás. Não se esqueça disso. Você vai ter um diálogo longo, duro e penoso com Satanás por conta das atitudes que o senhor tem tomado, inclusive de submissão. Em vez de assessorar o presidente e esclarecer o presidente, o senhor obedece a desígnios políticos”, disse.
Casoy também mencionou a decisão de Marcelo Queiroga e Damares Alves de visitarem a família da menina que se tornou peça de propaganda dos militantes antivacina.
“[Essa visita] tem um fundo político malévolo de desacreditar a vacina, de fazer com que as pessoas acreditem que o problema cardíaco da menina se deve à vacinação”, afirmou ainda o jornalista da CNN Brasil.
Apelo ao presidente
Em sua estreia no quadro do telejornal, no dia 10 de janeiro, Casoy comentou a carta divulgada pelo diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, em resposta aos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ele fez questão de mandar um recado ao político, com direito a um pedido especial: “Eu sei que o presidente assiste ao noticiário matinal da CNN, e eu faria um apelo: presidente, em nome até da sua candidatura, politicamente é muito ruim o que está acontecendo. O senhor está perdendo votos, então dê um recuo”.
“Faça um ato de grandeza e se retrate. Claro, de uma maneira que não lhe afete a honorabilidade. Mas, quem conhece a personalidade do presidente, eu repito, sabe que isso é muito difícil”, disparou o jornalista.
O comunicador fez questão de lembrar que o episódio representa um rompimento entre Jair Bolsonaro e Barra Torres. Casoy ainda afirmou que os dois já não se falam e que, em Brasília, pessoas próximas atuam para acalmar os ânimos.