Reza a lenda que em Campina cafetão se apaixona, traficante se vicia e já lançaram a moeda de três reais. Em resumo: Campina é para profissionais.
Fazendo jus a Itu nordestina, onde o superlativo é marca, Bruno Cunha Lima quis ser mais realista que o rei e decidiu ser mais negacionista que o presidente Bolsonaro.
Bruno – pasmem! – quer realizar em junho o Maior São João do Mundo, 60 mil pessoas se aglomerando todos os dias no forró do fim dos tempos.
E o prefeito tem uma justificativa que vende como plausível, assim como Bolsonaro vende suas loucuras como lucidez.
Disse Bruno que vai realizar o São João por cima de pau e pedra e que Campina não pode ser penalizada pelo verão da Capital, culpando João Pessoa e quem veraneou na cidade pela explosão da segunda onda de coronavírus.
Em que planeta esse rapazola vive? Quem chacoalhou nas praias e aglomerou nos bares foram pessoas de todos os municípios, mas notadamente veranistas campinenses.
A realização do evento junino não acontecerá por não ser viável sanitariamente, mas o Bolsonaro paraibano pode peitar a ciência, a opinião pública, MP, decreto do Governo do Estado e o Poder Judiciário, pois é do fascismo esse jogo de cena populista.
Perguntar não ofende: o que Bruno quer esconder com essa cortina de fumaça do São João do fim do mundo?
Dércio Alcântara