Uma paralisação coletiva, com a adesão geral de todas as categorias de servidores está prevista para os dias 14, 15 e 16 de março. Esse foi um dos encaminhamentos do café da manhã, ocorrido nesta segunda-feira (13), na sede do Sindifisco-PB, reunindo deputados estaduais, Fórum dos Servidores e segmentos de classe.
O evento foi marcante para a luta das categorias, que se organizam para enfrentar esse governo autoritário e perseguidor que está instalado na Paraíba. As lideranças expuseram suas reivindicações, e foi unânime a denúncia de que o tripé da educação, saúde e segurança pública do Estado está sofrendo por conta da falta de diálogo que marcou a atual gestão do Governo.
Uma das propostas apresentadas foi a organização de debates nos municípios paraibanos, no período eleitoral, para demonstrar os malefícios que o atual modelo de gestão está trazendo ao Estado e demonstrar que as eleições municipais desse ano são definitivas para a eleição de 2014. “Os servidores públicos não podem ficar de fora do debate no interior, expondo a realidade, a fim de evitar o prolongamento deste modelo de Governo capaz de afundar o Estado”, disse Victor Hugo, presidente do Sindifisco-PB.
Entidades de luta
As lideranças das categorias sintetizaram os problemas que enfrentam e que inevitavelmente se refletem na a estrutura administrativa do Estado, como é o caso da demissão de mais de 15 mil servidores prestadores de serviço, denunciada pela Asprenne.
Ainda no âmbito da educação, o professor Dailton Lacerda, da UEPB, disse que a instituição sofre o mais sério ataque. “Estamos estarrecidos com o ataque a autonomia conquistada”, comentou, ao passo que convocou para o ato de mobilização que será realizado nesta terça-feira (14), às 9h, em frente à Assembleia Legislativa, em João Pessoa.
Os participantes destacaram a força do Fórum dos Servidores, como fez o presidente do Sindicato dos Médicos, dr. Tarcísio Campos. “Temos que nos unir contra o Governo que usa o poder sem o diálogo”, conclamou.
O Coronel Francisco, representante do Clube dos Oficiais, ressaltou que o objetivo do encontro é suprapartidário. Ele ressaltou as dificuldades vividas atualmente na segurança pública. “A PM, hoje, é doente, não se discute isso. É um quadro preocupante, pois não se tem efetivo e faz-se um trabalho desumano em vários momentos”, disse.
A CUT também esteve presente, através do presidente, Luis Silva, que registrou a falta de respeito e a caça aos servidores. “O Governo não dá atenção às reivindicações e pensa que sozinho administrará o Estado. Não há compromisso com a sociedade organizada”, lamentou.
Victor Hugo, presidente do Sindifisco-PB, falou a respeito da importância da união dos servidores para colocar a Paraíba nos trilhos. Ele também comentou sobre a tentativa de desmantelamento da Administração Tributária na Paraíba. “Nos últimos 5 meses, vem se instaurando um caos, principalmente pelas medidas provisórias”, criticou.
Diversas entidades entregaram documentos com suas reivindicações aos parlamentares presentes, solicitando o apoio do Poder Legislativo nas lutas das categorias.
Participações
As entidades participantes da reunião foram: Sindifisco-PB, Sintep, MovSocial, Sintasp, CUT-PB, Aesp, UNE, CBPM, SintesPB, Sinsipep, Asprenne, Aspol, Sindsecap, AsspomPB, COPM, Sindesp, APO, SSPC, Simed, UEPB. Entretanto, atualmente são mais de vinte e cinco entidades participantes do Fórum.