Não há como negar a importante colaboração que o Grupo Cunha Lima trouxe à Campina Grande nas gestões de Ronaldo e Cássio e dentre as quais posso citar o ingresso da cidade no circuito nacional de eventos com o Parque do Povo e o foco no saneamento básico.
No entanto, entre isso e acharmos que o simples fato de alguém da grife Cunha Lima figurar numa chapa já ser garantia de que haverá avanços, é outra coisa completamente diferente.
O vice de Romero, por exemplo, tem o nome do pai, mas nunca esteve na linha de frente de uma gestão, mantendo-se sempre nos bastidores da área de comunicação, onde era eminência parda dos governos de Ronaldo e Cássio.
Sempre foi a sombra por trás do pé de laranja, digamos assim, para ilustrar um estilo mergulhado.
De uma hora para outra Ronaldinho virou Ronaldo Cunha Lima e no guia de Romero seu nome vem antes do titular, sendo a primeira vez que o vice puxa mais do que o candidato.
Advogado, músico e dublê de publicitário, Ronaldinho tem seus méritos e chegou a ser apontado por Cássio como um dos baluartes de sua reeleição em 2008.
Mas, há quanto tempo Ronaldinho não frequenta Campina?
Exageros a parte, não sou daqueles que diz que ele tem que usar GPS para se deslocar na cidade.
Mas, entre justificar um apelo emotivo em eleição racional e ser considerado a condição sine qua non para Romero se eleger prefeito, vai uma grande distância.
Campina precisa ser menos superlativa e, ao invés de se superestimar, precisa mesmo é ter autoestima e visão “desembaçada” para tomar as decisões certas.
Caso contrário, continuará recebendo cheques sem fundos de algumas lideranças que ama sem questionar, eterna vítima do estelionato eleitoral.
Querer que Campina se fixe no retrovisor ao invés de lançar um olhar além dos montes é o mesmo que negar sessões de fisioterapia a um atleta promissor, atrofiando-o.