Em sua edição desta semana, a revista IstoÉ publica reportagem assinada por Josie Jeronimo sobre a possibilidade de o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), promover retaliação contra Roberto Gurgel, procurador-geral da República, que apresentou denúncia contra o políticio alagoano, no Supremo Tribunal Federal, exatamente uma semana antes da eleição para a presidência da Casa.
A revista lembra que o Senado tem a prerrogativa de investigar a Procuradoria-Geral da República. A curiosa compra recente de 1.226 tablets por R$ 3,9 milhões seria o motivo.
A procuradoria-geral pagou R$ 2.398 por cada aparelho, enquanto outras empresas concorrentes ofereciam o mesmo produto por R$ 1.996. Aliados de Calheiros acham que Gurgel tentou influir na eleição para a presidência do Senado, entre outros fatores, porque seu rival na disputa era o procurador da República Pedro Taques (PDT), senador pelo Mato Grosso.
A revista informa que o Senado estaria decidido a apressar a recondução ao Conselho Nacional do Ministério Públicodo professor Luis Moreira, adversário político de Gurgel, a quem acusa de não submeter o MP aos mesmos critérios de transparência que cobra do Legislativo e do Executivo.
ABAIXO ASSINADO
Em oito dias, um abaixo-assinado em favor do impeachment do presidente do Senado, Renan Calheiros, ganhou a adesão de mais de 1 milhão de pessoas. Levado ao ar em 1º de fevereiro no site da ONG Avaaz, o manisfesto eletrônico somava 1.012.785 adesões às 16h08 desta sexta-feira (8).
Deve-se a iniciativa a uma pessoa que se identifica como Emiliano Magalhães. Está muito próximo de atingir a meta que se auto-impôs: “Vamos conseguir 1.360.000 assinaturas (1% do eleitorado nacional), levar esta petição para o Congresso e exigir que os senadores escutem a voz do povo que os elegeu.”
A exigência não deve ser levada em conta. Patrocinado pela ONG Rio de Paz, um um primeiro manifesto online –‘Ficha Limpa no Senado: Renan Não!’— ganhara a adesão de mais de 440 mil pessoas. Nem por isso Renan deixou de prevalecer na pseudodisputa que travou com o colega Pedro Taques (PDT-MT): 56 votos contra 18.