A ópera bufa de Cássio é tão fajuta que ele próprio se vende como freira santíssima residente em um prostíbulo de ninfomaníacas.
E nesse ambiente de baixo meretrício ele passa a mão em tudo, mas quer que acreditemos em uma miopia de berço, tipo apalpei e fui apalpado sem saber.
Enfim, foi menino peralta, adulto malicioso e hoje é velho enxerido, mas quer que nossa memória seja deletada e que acreditemos que ele era santo em quarto de rapariga, que via tudo, mas não fazia nada.
Nessa lógica, Cássio pleiteia sua canonização como o malvado favorito que devemos aturar como uma espécie de bandido da luz vermelha, que roubava com carinho e educação suas vítimas.
Quem Cássio acha que somos? Súditos de um principado corrupto que entre um rei seco e um rei vaselina, opta pelo que desce redondo, mesmo sendo veneno do mesmo frasco?
O ex-governador que nem o décimo terceiro conseguia pagar, e apeado do poder foi por condutas vedadas, acha que esquecemos de onde saiu o dinheiro que voou pelas janelas do Edifício Concorde?
A ausência de Cássio da cena política nem tem sido notada. Talvez por isso fique tentando chamar atenção com declarações estapafúrdias. Compreensível.
Dércio Alcântara