O período de Pollyana no poder em Pombal tem sido muito longo e os três mandatos consecutivos em que ela pilota a máquina fizeram a prefeita perder a noção do que é público e do que é privado. Talvez por isso ela esteja querendo doar uma praça a uma igreja evangélica, confundindo terreno público com o quintal de suas casa. Estaria Pollyana achando que assim salvará sua alma?
“Queridinha” do Ministério Público, a prefeita lidera disparado o ranking negativo dos prefeitos que mais vezes foram acionados pelos promotores por irregularidades na administração, com 16 processos.
Acho que a instalação de uma igreja deve ser sempre motivo de regozijo em qualquer cidade, seja católica, protestante ou de matriz africana. Uma cidade como Pombal tem muitas áreas para se doar para a construção de um templo ou vários, mas nunca no passeio público, nunca numa praça. É desrespeito ao coletivo laico.
Com a ficha ainda engasgada e sem perceber que os tempos são outros e que já foi poderosa pelos amigos que tem em Brasília, mas que a conjuntura mudou, pois os amigos cairam em desgraça, a prefeita de Pombal mandou para a Câmara de Vereadores o projeto de Lei 025/215, que trocando em miúdos transfere do patrimônio público à Primeira Igreja Batista o terreno que fica no Jardim Rogério, em frente delegacia, nada menos do que 2.722 metros quadrados em área considerada nobre.
Polêmica a vista, resta saber se Pollyana terá o bom senso de ponderar sobre o custo/benefício da trocar de uma praça pública por uma igreja e se os arredores aprovam a idéia.
O debate, obviamente, que já anda acalorado na mídia e redes sociais, vai ser potencializado no Plenário da Câmara, em mais uma queda de braço entre Executivo e Legislativo.
Cabe aí uma ampla consulta popular para ouvir a parte mais interessada, o povo. Que tal um plebiscito? O melhor remédio para o impasse é sempre a democracia.