Aproveito o sossego do domingo para uma reflexão e revelação do que já faz algum tempo que eu gostaria de fazer.
Imputa-se erronea e injustamente ao senador Vital do Rego a autoria de uma ação de bastidores que objetivava melar a nomeação do deputado federal Aguinaldo Ribeiro no Ministério das Cidades.
É uma injustiça, pois quem fomentou a Folha de São Paulo com informações sobre a história da família Veloso Borges fui eu por conta e risco e o fiz sem combinar com ninguém, nem os irmãos Vital e Veneziano, ou com Wellington Roberto, todos amigos de duas décadas, mas isentos de minha influência ou o menor envolvimento neste episódio que narro a partir de agora.
Fui levado à mesa da Casa Grande da família Ribeiro através da hoje deputada Daniella Ribeiro, que na época era apenas a filha de Enivaldo, apesar de já ter sido a vice de Rômulo na aventura desastrosa de 2004, quando se juntaram a Cássio e quase foram secados pelo antológico abraço de tamanduá dos Cunha Lima.
Cheguei ao Grupo Ribeiro numa hora difícil para eles, pois vinham de um histórico de derrotas. Dona Virgínia tinha perdido a eleição em Pilar, Enivaldo nao havia se reelegido deputado federal e Aguinaldo era um deputado reeleito com baixa votação, apesar de ter sido secretário de Agricultura.
Desta reunião em Lagoa Seca no final de 2006, até a ascenção coletiva de quem podia ser candidato em favereiro de 2011, cuidei como marqueteiro da carreira de todos e colecionei uma sequência de vitórias, a exemplo da eleição de Daniella para vereadora em Campina em segundo lugar em 2008, ano em que também montei a chapa articulando a vice, tracei a estratégia e organizei a festa de posse da matriarca Virgínia Veloso na prefeitura de Pilar.
A partir daí e sempre com a confiança de Daniella, carinho e confiança de Enivaldo e Virgínia, fui o condutor que levou o PP a uma inesperada e salvadora aliança com Maranhão, o que alavancou a vitória de Daniella para deputada estadual e Aguinaldo para deputado federal.
Antes preciso explicar que montamos um projeto chamado Mandato Popular, que percorria os bairros de Campina e desde o segundo mês de mandato da vereadora Daniella sinalizou que ela merecia e queria ser prefeita e foi esta ação que na eleição de 20130fez a família saltar dos vergonhosos 2.500 votos de 2006 para os 16.000 votos de 2010 e a liderança temporária da eleição majoritária de 2012, quando Daniella liderou por certo tempo a disputa como candidata a prefeita.
Voltando aos motivos pelos quais decidi ir à forra contra a família e espalhar pelo Brasil os pontos fracos do clã Ribeiro, acho que todos perceberam no meu relato que em nenhum momento citei Aguinaldo como alguém que tivesse me acolhido e desejado boas vindas ao grupo, apenas usufruiu na maioria das vezes a custo zero dos frutos que todos colheram.
Aguinaldo não queria a ascenssão de Daniella na política, apesar de concordar que ela dava novo layout, e após a eleição de 2010 convenceu a todos de que eu deveria ser afastado do grupo para evitar problemas na excelente relação entre ele e Ricardo Coutinho, uma história que estou cansado de contar e que recebi confirmação da boca do próprio Enivaldo quando numa tarde com os olhos marejados praticamente me agradeceu, pedindo desculpas.
Fui eu por conta risco que procurei e fomentei a Folha de São Paulo, que enviou repórter e juntos procuramos e achamos os laranjas do ministro, seu antigo contador na Faça Fiat, que é sócio das rádios, mas vive em dificuldades numa residência humilde de Mangabeira, e o Alexandre que teria recebido a propina da Ideia Digital no Caso Jampa Digital.
Encerro aqui dizendo que já lavei minha honra do jeito que aprendi na escola da vida e devolvi a ingratidão do grupo com a munição que diespunha e dou o caso por encerrado, achando que as balas trocadas chegaram a um empate técnico.
Pragmático e com o coração destravado tiro o meu chapéu e concordo com a avaliação de Enivaldo, Aguinaldo e Daniella de que a oposição deve mesmo ter mais de um candidato.
Dou o caso por encerrado, reconheço a necessidade de convivência de todos que queremos arrebatar o destino da Paraíba das garras do desgoverno Ricardo Coutinho. Se o arejamento e harmonia entre os Ribeiros, Vital e Veneziano depender deste blogueiro, aqui está a minha justificada argumentação.
Quebremos o retrovisor e a rapadura de quem nos quer brigando.
Veneziano e Aguinaldo são dois ótimos nomes para disputar o governo.