Em um mundo instantâneo, querer ser integral equivale a esfregar dois pauzinhos para acender o fogo, quando o fogão tem acendedor automático. A notícia do fechamento da versão impressa do Jornal da Paraíba, que circulará só até este domingo, desempregando mais de 200 profissionais, é lamentável, mas previsível.
Ecologicamente incorreto, pois que vem da celulose e cada um de nós já derrubou matas somando as vezes que foi ao jornaleiro melar as mãos de tinta, o jornalismo impresso cumpriu o seu papel e sempre vai ter o charme do preto no branco, do ver para crer, do pegar, do sentir a notícia.
Mas, ficou tosco e sucumbe, substituído pelo jornalismo digital, fast, mutante, convergente, democrático e avassalador.
Ninguém anda por aí com um jornal nas mãos, mas anda com um smart e lá atualiza-se na velocidade das postagens do aqui, agora.
O Sistema Paraíba vinha bancando heroicamente um prejuízo crescente – a bobina de papel custa muito caro, o maquinário e sua manutenção, gráficos e equipe gigante também – e agora ofereceu um dos anéis para não acabar perdendo todos os dedos.
Como tudo na vida se ajusta, param as máquinas , mas não param a notícia, que trafega na velocidade da luz nos sites e blogs.
Em breve estaremos aqui nos despedindo da TV aberta, no formato de hoje, pois caminha para ser engolida pela convergência de mídia, Facebook, Netflix e outras mídias que cabem na mobilidade do smart.