Hoje, o mundo comemora o Dia Mundial da Liberdade de Expressão, porém, aqui na Paraíba, os jornalistas não têm muito que festejar, já que a ‘mordaça’ imposta pelo chefe do executivo estadual impede que a nossa categoria revele a verdade ‘nua e crua’ das injustiças patrocinadas pelo nosso ilustre governador Ricardo Coutinho.
Não custa lembrar que há poucos dias, a força do governador fechou a rádio 101 FM e calou a voz de alguns dos poucos jornalistas que resistiram à tirania ora reinante em nosso estado.
O chefe Ricardo Coutinho, que comanda a maioria da comunicação do nosso estado, também determinou a demissão de jornalistas Paraíba afora que ousaram expor as deficiências de seu governo, que por sinal, são muitas.
Recentemente, a direção da rádio Cariri AM (1.160) decidiu retirar da sua grade de programação o noticioso “Em Nome do Povo” comandado por Dagoberto Pontes, com participações de Júnior Gurgel e Marcos Marinho. O programa frustrava as ‘expectativas comerciais’ da empresa no âmbito do Poder Público, daí a degola.
Em Cajazeiras, radialistas também foram perseguidos por irem de encontro aos donos das emissoras que se renderam aos ‘encantos’ da máquina estadual.
É preciso lembrar aos poderosos de plantão que democracia se constrói a partir de uma sociedade participativa, de governos transparentes e de uma imprensa livre e independente.
Infelizmente, muitos de nós profissionais somos vítimas constantes de tentativas de intimidação e cerceamento de nossa profissão. Eu mesmo fui vítima do descontrole de um prefeito que se achou no direito de ‘calar minha voz’, mas sei dos meus ideais e deles não abro mão.
Segundo a Press Emblem Campaign, entidade com sede em Genebra e que defende a criação de regras internacionais para proteger jornalistas em zonas de guerra, o Brasil é o terceiro país com maior número de mortes de profissionais de imprensa no exercício da função. Somente em 2013, quatro jornalistas foram mortos em nosso país, uma vergonha para uma nação que se diz livre e defende a liberdade de expressão. Isso precisa parar.
Nossos gestores precisam saber que por mais que tentem não calarão as vozes dos guerreiros da imprensa.
Apesar de vocês, amanhã há de ser outro dia…