Se todos comissionados resolvessem trabalhar ao mesmo tempo no prédio da Câmara Municipal de João Pessoa, não haveria espaço físico para tantos apadrinhados de João Corujinha.
A Casa de Napoleão Laureano lembra muito bem um loteamento partidário nas nomeações com um número assustador de funcionários não efetivos, os chamados “sem concursos”, na linguagem popular, ou seja, pessoas que não têm vínculo com nenhuma carreira do serviço público municipal e são colocadas por indicação política. O excesso já chama a atenção do Ministério Público e do TCE que podem investigar o prejuízo aos cofres públicos.
Com apenas 104 servidores do quadro efetivo, o presidente João Corujinha já nomeou 600 apadrinhados políticos, divididos em 49 funções distintas.
De acordo com os números publicados pelo Sagres (Sistema de Acompanhamento da Gestão dos Recursos da Sociedade) do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE), cuja última atualização foi em fevereiro de 2019, para efetuar o pagamento dos apadrinhados a Câmara Municipal de João Pessoa desembolsou em fevereiro R$ 3.551.816,75 o que projeta uma despesa anual acima de 46 milhões para 2019.