Com o gesto político do PSB de Eduardo Campos em devolver os cargos ocupados ao governo federal, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra (foto), deve pedir demissão na tarde desta quinta-feira. O outro ministro filiado ao partido que deverá sair é Leônidas Cristino, de Portos, que só retorna a Brasília no domingo. Para o líder do partido na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS), se faz necessário que nos seis estados governados pela legenda (ES, AP, PB, PI, PE, CE), o PT devolva os cargos que ocupa.
“Quem pede aqui tem que ser coerente lá na ponta. Seria no mínimo altivo, de algumas lideranças, que nos cobraram nacionalmente, agirem da mesma forma como nós estamos agindo no plano nacional, entregando seus cargos aos nossos governadores”, disse Albuquerque.
Na Paraíba diversos cargos estaduais são da cota do deputado petista Luís Couto, que no ano passado contrariou a orientação do partido de apoiar o atual prefeito Luciano Cartaxo (PT) e ficou do lado da candidata socialista Estela Bezerra.
O presidente do PSB na Paraíba, Edvaldo Rosas, criticou o tratamento do governo petista a governadores e prefeitos do PSB. Segundo Edvaldo, essa é uma das razões que levaram o partido a entregar os cargos ocupados no governo federal, além do projeto de renovação política, que inclui a candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, à Presidência. Na Paraíba, o PT e o PSB são aliados em mais de 30 municípios.
Para o presidente do PT na Paraíba, Rodrigo Soares, a saída do PSB do governo significa o lançamento da candidatura do PSB à Presidência: “Queremos avançar no projeto nacional com uma formação política social de centro-esquerda. Na Paraíba, o PSB tinha optado por uma aliança conservadora, com o DEM e o PSDB”.