A súbita aliança entre Marina e Eduardo Campos pode ter atrapalhado e muito o tucano Aécio Neves, que desde sábado sumiu do noticiário ou é tratado como regra três, mas fortaleceu a posição do PMDB no governo Dilma, agora tratado como aliado incondicional, e voltou a alavancar a indicação do senador paraibano Vital do Rêgo no ministério da Integração, condição sine qua non para o PMDB começar a sentir que tá recebendo o tratamento adequado.
Quem revela isso é o blogueiro Gerson Camarotti, do G1 nacional, conforme postagem feita as 10h51m de hoje.
“A presidente Dilma Rousseff está inclinada a usar a reforma ministerial da virada do ano para reforçar as alianças para as eleições de 2014. Há o reconhecimento no Palácio do Planalto de que, depois da aliança fechada entre Eduardo Campos e Marina Silva, o preço dos aliados deve subir.
Isso porque partidos médios como PP, PR, PSD e PDT devem cobrar um preço maior pelo apoio. Há o reconhecimento no núcleo político palaciano de que o único aliado incondicional neste momento é o PMDB. E que, a partir de agora, todos os demais partidos tentarão tirar vantagem política do novo quadro sucessório.
Inicialmente, Dilma estava inclinada a só nomear secretários-executivos e técnicos para o lugar dos ministros que deixarão seus cargos a fim de disputar as eleições de 2014. A expectativa é que mais de dez ministros deixem seus cargos. Mas agora, com o novo cenário, tudo indica que estas pastas serão ocupadas por políticos, a começar pelo senador Vital do Rego (PMDB-PB) no Ministério da Integração Nacional.”