Diante da fala do candidato da oposição na OAB, Paulo Maia, que ontem foi à boca de cena dizer que não tinha autorizado o rebaixamento do nível do debate para os patamares em que sua campanha havia descido, logo me fiz a seguinte pergunta: Paulo Maia é o ventríloquo ou a marionete?
Aos que não estão acompanhando os lances de baixo nível da campanha de Paulo Maia, esclareço que do nada o seu coordenador Assis Almeida passou a chamar nas redes sociais o candidato Carlos Federico de “FredRico”, numa referência a bem sucedida vida pessoal do advogado, e, em seguida, surgiram banners nas redes sociais seguindo a linha, inclusive, com ataques a honra.
Para uma campanha que vai escolher entre um dos dois para presidir uma entidade tão importante e que representa uma categoria que atua no campo dos direitos individuais e coletivos, totalmente inconveniente e descabido o rumo que a campanha de Paulo Maia tomou.
Revelando nenhum apego a ética, o que é preocupante, Assis Almeida determinou a radicalização e tirou o debate do campo das ideias e do nível que deve ter uma campanha para presidente da OAB.
Foi necessário que o radialista Fabiano Gomes fizesse do baixo nível o editorial de abertura do Correio Debate de ontem e a repercussão negativa forçou Paulo Maia a entrar no ar eximindo-se de responsabilidade, ameaçando com exclusão da chapa quem estivesse bancando a estratégia burra.
Os dados ainda estão rolando, mas Paulo Maia perdeu o visgo de renovação quando deixou que o seu coordenador de campanha recorresse à velhas práticas.
Um velho e querido advogado questionava ontem o seguinte: se Paulo Maia não teve pulso para segurar sua tropa na campanha, quem garante que terá o equilíbrio e pulso necessário para conduzir a OAB com a isenção que anuncia?
Fica a impressão de que o professor e ex-tenente do Exército virou refém de um grupo heterogêneo e, ao invés de dar as cartas, como o ventríloquo, é apenas um porta voz, como a marionete.
Há rumores de que uma pesquisa para consumo interno vazou e que Paulo Maia estaria na iminência de renunciar e que, para que a eleição não ficasse só com a Candidatura de Carlos Frederico, hoje liderando com folga e fair play, Carlos Fábio ou o próprio Assis Almeida, poderiam assumir a cabeça de chapa.