Finalmente, após duas semanas de angústia para os familiares e amigos, foi localizado ontem, quarta-feira (20) no Monte Aconcágua, na Argentina, o corpo do alpinista paraibano Josenildo Correia da Silva, de 48 anos. Ele estava desaparecido desde o dia 6 de março, quando tentava chegar ao cume do monte junto com um grupo de alpinistas. Segundo a assessoria de imprensa do Itamaraty, o homem foi encontrado por agentes da Guarda Florestal do parque por volta das 13h (horário de Mendonza).
O alpinista morava com a esposa e a filha em Guarabira, cidade do Brejo paraibano. Ainda de acordo com a assessoria de imprensa do Itamaraty, o corpo ainda precisa ser descido do Monte e depois será submetido a uma perícia obrigatória. Não há informações oficiais sobre a altitude na qual o corpo foi localizado nem quantos dias serão necessários para trazê-lo de volta ao Brasil.
De acordo com familiares de Josenildo, a expectativa é de que a esposa retorne de Mendoza na próxima sexta-feira (22) ou sábado (23), já com o corpo do paraibano. Ela viajou na última quarta-feira (13) para acompanhar de perto as buscas pelo marido. Colegas de trabalho do casal lamentam o ocorrido.
Nildo, como era chamado pelos amigos, saiu de Guarabira com destino à Argentina no dia 18 de fevereiro. Em São Paulo, encontrou-se com amigos do grupo de alpinistas que conheceu na internet, com os quais costumava viajar para praticar escaladas. O objetivo deles era chegar ao cume do monte, mas por causa das más condições do tempo, os companheiros de expedição do paraibano foram desistindo ao longo do percurso.
Esta era a quarta grande escalada de Josenildo. Ele chegou a ir duas outras vezes ao Aconcágua, mas não teria conseguido chegar ao topo. Desta vez, teria ido obstinado a realizar o sonho.
Localizado nos Andes argentinos, a cerca de 110 quilômetros da cidade de Mendoza, o Monte Aconcágua é considerado o ponto mais alto das Américas. A montanha tem mais de 7 mil metros de altitude e representa um desafio para os alpinistas, que têm de enfrentar o frio e a escassez de oxigênio, comum em grandes altitudes, para tentar atingir o seu pico.