Essa novela da ilegitimidade do mandato da prefeita Pollyana parece que nunca chega ao último capítulo e mais uma vez ela é cassada. Pombal já comemorou sua saída várias vezes, mas também assistiu sua volta triunfal outras tantas.
Conheço bem a realidade política daquela cidade. Tenho certa intimidade com a conjuntura local e fui um dos que acreditou várias vezes que a Justiça seria feita e teríamos novas eleições para o tira- teima de um resultado apertado, pois Mayenne e Galego (foto principal) “perderam” aquela eleição de 2012 por apenas 153 votos.
Nunca tive dúvidas de que Pollyana venceu fraudulentamente o pleito disputado. Cheguei para fazer o marketing da campanha de Mayenne Bandeira e Galego da Gavel poucos dias após a convenção e Pollyana liderava com quase 22% de diferença. Revertemos e viramos.
Há três dias do pleito, uma decisão de Dias Tóffoli interferiu diretamente no resultado final e, na calada da noite, Pombal assistiu a maior ação de compra de votos de sua história.
No dia da apuração, acompanhei ao lado de Verissinho, em sua casa, e o resultado desceu com duas doses de whisky cowboy, em seco. Perdemos?
Por diversas vezes arrumei minhas coisas para viajar quase 400 quilômetros e comemorar com as vozes roucas das ruas a segunda chance em uma nova eleição. Nunca acreditei que a oposição perdeu aquela eleição. Tomaram na mão grande.
Agora me chega mais uma vez a notícia de que Pollyana foi cassada e que haverá nova eleição. Os motivos foram os que denunciamos durante a campanha. Uso da máquina, contratação de servidores no período vedado.
No entanto, cabe recurso e duvido que a prefeita saia do cargo, pois a advocacia protelatória entrará em ação e, dessa vez, eu não vou acreditar que teremos uma segunda chance de provar que não perdemos aquela eleição de 2012.
Faltando apenas um ano e meio para Pollyana encerra esse ciclo de quase 12 anos no poder, melhor será varrer seu legado na próxima eleição.