Ficou um inferno ouvir rádio em João Pessoa. É que proliferam-se os serviços de rádio escuta e além daquele sujeito mal educado e analfabeto que estávamos obrigados ouvir a qualquer hora interferindo nos programas, agora escalaram outros para propagar o elogio patrocinado. Aliás, há mercado para um amontoado de picaretas atazanarem os ouvintes com suas falas pasteurizadas e pouco convincentes.
Como se não bastasse termos que aturar um tal de Humberto Alexandre, agora surgiram outros do mesmo naipe. Acho normal e necessário o serviço de rádio escuta, mas entre o monitoramento e as agressões que esse e outros pistoleiros de aluguel disparam todos os dias nas rádios de João Pessoa há uma grande distância.
O santo da vez é o pagador da hora e quem tá pagando, como diz o bordão do Zorra Total, é o governo Ricardo Coutinho, então logo santo ele se torna.
A vítima da vez é o prefeito Luciano Cartaxo, alvo predileto desse batalhão de bajuladores e jagunços radiofônicos, que agem orquestrados, pautados diariamente que são pelos arregimentadores.
Nas intervenções combinadas os pistoleiros verbais criticam tudo que o prefeito faz. A iluminação de natal teria ficado ruim e cara, os shows são classificados de desperdício, a limpeza urbana não presta e a duplicação do Altiplano não ficou boa.
Sã absurdos e mais absurdos destilados por vozes sem rostos, anônimos muitas vezes com nomes falsos e que ligam para os radiofônicos como se fossem ouvintes.
Todos são comandados por Humberto Alexandre, aquele que se acha o inventor da profissão de rádio escuta e que toda vez que entra no ar agride os ouvintes com sua ignorância e falta de intimidade com a língua portuguesa.
O que me deixa intrigado é a facilidade com que conseguem linhas para entrar no ar exatamanete após alguém criticar a gestão Ricardo Coutinho ou elogiar a gestão de Luciano Cartaxo.