Num tom ao melhor estilo “chutando o balde”, o ex-prefeito interino e atual vereador Mauri Batista da Silva (Noquinha), usou a tribuna da Câmara Municipal de Bayeux durante sessão extraordinária realizada nesta quinta-feira (3), que arquivou dois processos que pediam a cassação do mandato do prefeito Berg Lima, e mandou um recado aos seus colegas de parlamento, afirmando que tinha vontade de vomitar com certas situações do legislativo e que terá dois anos de mandato pela frente para fazer revelações . “Hoje eu tenho 15 minutos aqui, mas tenho ainda dois anos de mandato pela frente e vou dizer tudo bem direitinho, bem detalhado”, disse.
Noquinha que era residente do poder legislativo, disse que não vai se calar e mandou os colegas terem “vergonha na cara”, pois participaram de sua gestão o tempo todo e quando ele saiu começaram a falar que a gestão foi a pior de todas. “Quando for votar faça uma boa reflexão, tire todos os 17 e bote outros novos. Quem está dizendo que eu tenho olho grande no poder faça uma carta de renúncia agora para renunciar junto comigo, eu renuncio ao meu mandato agora, vem querer dar uma de falso moralista comigo, é vergonhoso isso aqui”, destacou.
Ao ser vaiado por algumas pessoas presentes na galeria, Noquinha disse que já esperava e pensou que seria mais vaiado. Ele ainda falou que se fosse para lavar roupa suja na tribuna ele lavava e que iria tratar os colegas de parlamento da mesma forma que fosse tratado. “Se me tratar no grito eu trato no grito”, afirmou.
Chamou atenção quando o ex-prefeito interino revelou que o vereador Lico “pegou” todos os cargos de coordenações em sua gestão e lamentou que os demais vereadores só trabalhem pelo próprio interesse.
Noquinha lamentou ter dado autonomia total aos secretários de saúde e educação, que segundo ele, foi indicação do governador Ricardo Coutinho. “Meu erro maior foi ter dado autonomia total aos secretários de saúde e educação que foram indicados pelo governador, eu errei, eu não tinha experiência como gestor, muitos erros que aconteceram, hoje eu não faria mais”, afirmou.
Finalizando, Noquinha lembrou mais uma vez que estará dois anos no mandato e que não se calará. “Se bater de lá eu bato de cá, tenho vontade de vomitar com as situações que acontecem aqui, ninguém aqui é santo, ninguém”, finalizou.
Noquinha que assumiu o mandato de prefeito interino após a prisão de Berg Lima e cassação do vice-prefeito Luiz Antônio, votou a favor da cassação de Berg. Recentemente ele foi acusado de tentar dar um golpe para que Jefferson Kita, presidente eleito para o segundo biênio na Câmara não assumisse o mandato.