Uma declaração do presidente da Assembleia passou despercebida em meio a outras, mas talvez tenha sido a mais importante para balizar seu projeto político.
Galdino disse que aceitaria ser o vice de Veneziano lá em Campina e esta foi a primeira vez que admitiu a possibilidade, pois antes dizia que seria candidato a prefeito, caso Veneziano não fosse.
Mas, ponderemos, o que levaria um deputado com três anos de mandato pela frente, e ainda mais tendo ainda um ano e meio como presidente do Poder Legislativo, a apostar suas fichas na eleição de Campina Grande, mesmo não estando ele na cabeça de chapa?
Galdino pensa grande e sabe que para aspirar vôos mais altos tem que passar por um cargo no Executivo do quilate da PMCG e que, sendo o próximo mandato de cinco anos e sem releição, poderá em 2022 suceder Veneziano.
A declaração de Galdino revela nas entrelinhas a força da articulação em torno do nome de Veneziano, candidato convocado e lançado pelas oposições, líder absoluto em todas as pesquisas.
Ainda não sei quem é o suplente de Adriano Galdino, mas se eu fosse ele começava a mandar fazer o terno da posse.
Pelo feeling de Adriano e pelo histórico de jogadas certeiras nos últimos vinte anos, podem apostar que ele sabe o que faz.