O secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, afirmou nesta quinta-feira (28) que “provavelmente” será prorrogado o pagamento do auxílio emergencial a pessoas em situação de vulnerabilidade devido à pandemia de coronavírus. “Mas com outro formato, porque uma extensão prolongada não cabe nas nossas contas [públicas]”, disse.
Rodrigues representou o ministro da Economia, Paulo Guedes, em videoconferência na comissão mista criada pelo Congresso Nacional ao reconhecer estado de calamidade pública em razão da Covid-19. No debate, ele resumiu as ações já tomadas e alertou deputados e senadores para o cenário econômico do pós-pandemia, de 2021 em diante.
“O auxílio emergencial é um programa valiosíssimo, de alta efetividade, mas também é caro”, analisou Rodrigues. Principal medida para mitigação dos efeitos econômicos da pandemia, o programa já soma R$ 152,6 bilhões para o pagamento de R$ 600 por três meses a quem perdeu renda devido ao isolamento social para combate à Covid-19.
O montante destinado ao auxílio emergencial representa 48,5% dos R$ 314,4 bilhões em despesas extras da União em decorrência da pandemia. Por mês, serão cerca de R$ 50,9 bilhões. O programa Bolsa Família, que transfere renda para pessoas em situação de extrema pobreza, está orçado em R$ 29,5 bilhões para todo o ano de 2020.
Propostas em tramitação no Congresso prorrogam o auxílio emergencial por três meses, e o ministro Paulo Guedes sugeriu pagar mais R$ 600, divididos em três parcelas de R$ 200. Ao defender a prorrogação, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) disse que, pelo consumo das famílias, 45% dos benefícios voltam ao erário na forma de tributos.
Fonte: Agência Câmara de Notícias