A senadora Daniella Ribeiro sempre se mostra engajada na luta contra casos de violência política de gênero. Ela foi relatora do projeto no Senado Federal que resultou na lei 14.192/2021, que visa combater a prática e que garante a presença da mulher em espaços políticos, punindo quem exclua, impeça ou restrinja esse acesso.
Em recente ato, a parlamentar, em texto enviado à imprensa nessa segunda-feira (17), celebrou a decisão do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) que condenou o comunicador Célio Alves em processo de violência política de gênero movido pela deputada estadual Camila Toscano.
O caso foi o primeiro da Paraíba e resultou na condenação de Célio Alves a reclusão de 1 ano e 10 meses, como também em sua inelegibilidade.
Sobre a sentença do TRE-PB, Daniella disse que a decisão deve ser comemorada não só pela deputada Camila Toscano, a quem a senadora se solidariza pela violência sofrida, mas por todas as mulheres que estão na política. Para a senadora, a “decisão que vem para marcar a história de todas nós” e que a lei, a qual foi relatora, “vem para corrigir uma situação que não pode, jamais, ser admitida”.
Porém, Daniella vem ignorando um fato que teria acontecido em sua família. No mês de abril, Ana Rachel, ex-esposa do deputado federal Aguinaldo Ribeiro, irmão da senadora, o denunciou por agressão e pediu medidas protetivas contra ele. No documento, a mulher alegou ter sido vítima de violência física, psicológica, moral e patrimonial, e que esses teriam sido os motivos da separação do casal.
De acordo com o processo, eles ficaram casados por mais de 20 anos, de 1999 a janeiro deste ano. Ainda segundo Ana Rachel, mesmo após o rompimento da união, ela continuaria sendo vítima de violência psicológica e patrimonial. Por isso, pediu uma série de medidas cautelares para assegurar sua segurança.
Sobre o suposto caso de violência contra a mulher envolvendo seu irmão e sua ex-cunhada, Daniella Ribeiro não proferiu uma palavra sequer em solidariedade à possível vítima. Enquanto isso, no Senado, se destaca como uma das principais combatentes da violência política de gênero.