Após pouco mais de um ano de mandato, o presidente Jair Bolsonaro coleciona poucos avanços, investigações de irregularidades praticadas por filhos e centenas de declarações, no mínimo, polêmicas. O cenário, por esses motivos, é de desgaste. “É só parar de cagar”, “Pergunta pra tua mãe o comprovante que ela deu para o teu pai” e, a última, “ela dar o furo (acompanhada de uma risada irônica).
No Exército, por exemplo, a ordem é reforçar o trabalho de instituição de Estado e não associar sua imagem ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). É o que diz uma matéria do portal UOL desta quinta-feira.
O general Braga Netto, que vai para a reserva em junho, disse ao UOL que há uma separação institucional entre a Presidência e as Forças Armadas. “As Forças Armadas são instituições de Estado e, portanto, não estão no governo. Dedicam-se ao cumprimento de suas missões constitucionais, e isso não muda pelo fato de haver militares servindo ao governo”, afirmou.
Desde que chegou ao comando do Exército, em janeiro do ano passado, pouco depois de Bolsonaro assumir a Presidência, Edson Leal Pujol deu ordens às tropas para que se voltassem para o fortalecimento da instituição. De forma reservada, militares da ativa reconhecem que há um desgaste para a Força por essa ligação com o governo.
Na caserna, uma das preocupações destacadas é que desgastes do governo possam respingar na instituição. O Exército, por exemplo, é municiado por pesquisas que mostram que sua aprovação pela sociedade é da faixa de 80%.
“O erro do governo talvez seja o excesso de vezes que recorre às Forças Armadas para tentar solucionar problemas pontuais. Há excelentes quadros entre os militares, mas não se pode misturar as atividades”, afirma um general ouvido pela reportagem.
Da redação com UOL