Semana passada o governador Ricardo Coutinho fez uma zoada danada para assinar a ordem de serviço do trevo de Mangabeira. Gastou com mídia, realizou um comício disfarçado e desfilou com máquinas no local.
No dia seguinte não tinha mais nada do foguetório do dia anterior, as máquinas sumiram e só restou a placa, inclusive com a eztranha alteração de 18 para 21 milhões o valor a ser executado.
Durante 24 horas o governador passou a ideia de que o negócio ia ser célere, a jato, uma obra a se concluida em apenas 10 meses.
Hoje não há máquinas ou celeridade e a Secom já justifica o engessamento do processo pela falência da construtora que venceu a licitação e desistência da que ficou em segundo lugar.
Outra licitação terá que ser feita respeitando os prazos legais entre lançamento de edital, concorrência e homologação.
Consultei alguns especialistas e todos convergiram para um prazo mínimo de 18 meses para conclusão, contados a partir da conclusão do processo licitatório.
A obra é importante, gera dividendos eleitorais para o governador, mas enquanto não for concluida vai gerar mesmo muito teanstorno aos moradores da região.
Concluida antes da eleição, o que é improvável, RC fatura; caso contrário, não colherá nada, pois foi prefeito durante seis anos e é governador a nove anos e se não fez antes foi por que só viu agora vantagens eleitorais ou a necessidade de preparar um melhor acesso ao shopping de Roberto Santiago.


