A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a suspensão, em grávidas, da aplicação do imunizante contra a Covid-19 da AstraZeneca/Fiocruz. Com a determinação, os municípios paraibanos pararam de vacinar esse público. A imunização das gestantes seguirá apenas em João Pessoa, Campina Grande e Cabedelo, com as doses da Pfizer.
As grávidas com comorbidades de cidades que não receberam doses da Pfizer estavam sendo vacinadas com doses da AstraZeneca. O grupo pode continuar a ser imunizado com a Coronavac ou Pfizer mas, como a vacina produzida pelo Instituto Butantan está em falta, somente a Pfizer será usada no Estado.
A Paraíba recebeu, ao todo, 8.076 doses da Pfizer, que foram encaminhadas aos três municípios citados acima.
Na nota da Anvisa, a orientação é que “seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) a indicação da bula da vacina AstraZeneca e que a orientação é resultado do monitoramento de eventos adversos feito de forma constante sobre as vacinas Covid em uso no país”.
Apesar da recomendação, a agência não citou nenhum evento adverso ocorrido em grávidas no Brasil. Sabe-se que o Ministério da Saúde investiga a morte de uma gestante no Rio de Janeiro após ser imunizada com a AstraZeneca. Na Paraíba, nenhum relato envolvendo esse público foi registrado.
“O uso de vacinas em situações não previstas na bula só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios para a paciente”, diz outra parte da nota da Anvisa. A bula atual da AstraZeneca, entretanto, não recomenda o uso da vacina sem orientação médica.
A distância entra a primeira e a segunda dose da AstraZeneca é de três meses. O Ministério da Saúde ainda não informou qual será o procedimento para as grávidas que já receberam a primeira dose do imunizante.