Lula será julgado por três desembargadores — Leandro Paulsen, João Pedro Gebran Neto e Victor Luis dos Santos Laus — que decidirão, por meio do voto, se o ex-presidente deve ou não continuar com a condenação decidida em primeira instância.
Condenado no caso do “tríplex do Guarujá”, a pena foi determinada em julho de 2017, pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba. O ex-presidente foi condenado por lavagem de dinheiro e ocultação de bens.
Os desembargadores podem decidir manter a pena de Moro, aumentá-la, diminuí-la ou até suspendê-la. Caso o placar da votação fique 2 x 1, Lula tem mais chances de se candidatar as eleições presidenciais do que se o placar final for unânime.
O ex-presidente vai acompanhar o julgamento no Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo (SP). Na terça-feira (23), Lula estava na Esquina Democrática, em Porto Alegre (RS), participando de um ato contra a condenação em primeira instância.
Como será o julgamento
O julgamento de Lula começará com a fala de Paulsen, presidente da 8ª Turma do TRF4. Após a fala de Paulsen, o relator do processo, João Pedro Gebran Neto, fará a leitura do relatório.
Em seguida, o MPF (Ministério Público Federal), responsável pela acusação de Lula, terá 30 minutos para se manifestar. O MPF será representado pelo procurador Maurício Gotardo Gerum, que sustentará que Lula cometeu três crimes — formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva — e que a pena determinada por Moro deve ser aumentada.
A defesa do ex-presidente e dos outros réus poderão falar. Em seguida, os desembargadores farão a leitura dos seus votos. A previsão é que a sessão termine por volta das 15h.