Bolsonaro é dúbio e, assim como o seu governo, oscila entre democracia e ditadura, civil e militar, construtivo e destrutivo, racional e irracional.
Alguém surpreso com essa dupla face? Quem sempre esteriotipou a onda Bolsonaro como fascista, não.
Essa cena (vídeo abaixo) no Rio de Janeiro, onde militares da reserva provocam não só o governador do Rio de Janeiro, Witzel, que havia prometido prender quem desobedecesse a proibição de uso da praia, mas a tolerância do poder civil diante das bravatas e flertes sistemáticos do bolsonarismo com o golpe militar, é a gota dágua. Partidários de Bolsonaro pulverizaram o vídeo como se tivesse sido recente
Chegou a hora do enfrentamento, das cartas na mesa, pois a sociedade civil cansou dessas bravatas.
O que Bolsonaro quer? Fechar e virar um imperador vitalício com o apoio das Forças Armadas? Ou encontrar uma desculpa para o fracasso de seu governo, creditando na conta da democracia sua incapacidade de dialogar com os poderes e governar?
Em tempo: cenas de fanatismo como essas acima o mundo assistiu durante a segunda guerra mundial na Alemanha de Hitler.
Dércio Alcântara