O presidente Michel Temer recuou e vai propor ao Congresso o adiamento do reajuste salarial dos servidores públicos, de 2019 para 2020. A informação foi divulgada pelo O Globo. Segundo o jornal, a decisão do presidente da República se deu após reunião com a equipe econômica.
O presidente chegou a descartar não dar reajuste aos servidores, durante as negociações com o Supremo Tribunal Federal (STF) de um reajuste de 16,38% para os magistrados. O Planalto entendeu naquele momento que ficaria em uma saia justa conceder aumento para os magistrados e não aumentar os salários dos servidores públicos.
Contudo, Temer se reuniu com os ministros da Fazenda, Eduardo Guardia, do Planejamento, Esteves Colnago, da Casa Civil, Eliseu Padilha, e com a Advocacia-Geral da União, Grace Mendonça, e decidiu voltar atrás, adiando o reajuste dos servidores.
Os ministros convenceram Temer de que o reajuste para os magistrados tem como compensação o fim do auxílio-moradia, por isso não há aumento de gastos públicos, enquanto o aumento para os servidores não tem medida compensatória.
De acordo com o Ministério do Planejamento, o adiamento do reajuste dos servidores vai resultar em uma economia de R$ 6,9 bilhões para o governo. Temer vai editar uma medida provisória para adiar o reajuste do funcionalismo público por 12 meses, diz reportagem de O Globo.