Em 2015 eu disse que o senador Raimundo Lira seria o “inverno de 2016”, referindo-se ao fato de que o empresário abriria o cofre e faria chover na horta de muitos candidatos”.
Errei feio e Lira manteve a mala fechada e, quem estava esperando que ele fizesse chover, acabou perdendo a lavoura da eleição municipal.
Como Lira, muitos homens da mala criaram essa expectativa de que despejariam sua fortuna numa eleição e na hora do vamos ver só chegaram corinhos de rato.
Ney Suassuna alimentou esse esteriótipo de ricão disposto a repartir o que ganhou com a classe política e cabos eleitorais.
Quem conhece a história de perto, sabe que tem muito bafafá. E que quando o candidato é rotulado de “homem da mala” tudo inflaciona e fica mais caro pra ele e, numa logística reversa, ao frustrar a expectativa acaba favorecendo o concorrente liso com o voto de protesto de quem foi enganado pelo homem da mala e vota no adversário dele de graça só pra dá o troco.
Estaria Lira repetindo a sina dos outros homens da mala derrotados na Paraíba por prometerem uma chuva de dinheiro que até hoje não molhou a mão de ninguém?
Dércio Alcântara