Luciano Cartaxo e Ricardo Coutinho vieram da mesma matiz, o PT, e foram forjados na luta das assembleias e, portanto, respiram o mesmo oxigênio e usam do mesmo modus operandi político para recuar e avançar na plataforma, sobreviventes que foram daquele funil onde o campo da esquerda peneirou as novas lideranças.
Posso até compará-los com os milhares de espermatozoides que disputam virar embrião e que se acotovelam no canal do órgão sexual masculino, mas só um chega lá para fecundar ou não um óvulo e virar embrião, feto e, finalmente, vir à tona e virar gente.
Não por coincidência nenhum ficou no PT, tornaram-se maiores que a legenda e voaram do ninho para outras árvores maiores e de lá voaram e voaram sem parar, sempre se arremetendo quando percebem armadilhas, visgos e alçapões.
Cássio armou o bote by Rômulo e Cartaxo fez o jogo para saber até onde tudo continuaria previsível. Romero começou a berrar na sala e Cartaxo fez o jogo para saber até quando ele conseguiria sem ficar rouco. Manoel posicionou-se em cama de gato e Cartaxo fez o jogo para saber quanto tempo ele aguentaria genuflexo.
Agora chegou a vez de Cartaxo, presidente estadual do Partido Verde, distribuir as cartas e lembrar a Cássio quem é o crupiê e, como a Paraíba é dual e só tem dois lados, Cartaxo terá que em breve revelar de que lado da mesa está.
Dércio Alcântara