Vocês não sabem nem tem a obrigação de saber, mas uma bala de fuzil 762 quando disparada sai rasgando tudo que vier pela frente, incluindo-se aí paredes e postes de concreto e pode estraçalhar dezenas de pessoas no percurso.
As Forças Armadas são brutas e não trabalham com precisão cirúrgica. São treinadas para entrar numa guerra e resolver, usando o facão numa cirurgia que cabia um bisturi.
O que acontecerá no Rio de Janeiro a partir do momento em que as tropas forem para o enfrentamento com a bandidagem nos morros só Deus poderá prever.
Vão esvaziar os morros? Se não vão, como é que vão lidar com o fato de que o Exército não tem armamento adequado para o combate de guerra de guerrilha dentro das favelas e com a população circulando?
Como já disse, o fuzil que será empunhado foi projetado para uma guerra em campo aberto e não para um corpo a corpo e a potência de uma rajada com projéteis 762 é descomunal e sai destruindo o que estiver pela frente, inclusive a população civil, que, nem atrás das paredes estará a salvo do impacto profundo causado pela potência dos fuzis.
Imaginem que a bandidagem acuada não se entregará e enfrentará as Forças Armadas na bala e com AR15 e na primeira baixa os militares partirão para o tudo ou nada, pois foram treinados para combater até a morte, daí poderemos ter como resultado uma carnificina e os olhos do mundo voltados para o Brasil em guerra e com os tais crimes de guerra a serem julgados por cortes internacionais.
E aí vem outra pergunta: que garantia os militares terão para matar sem terem que se submeterem aos rigores da Lei?
De forma que as Forças Armadas, que sempre viveram tempos de paz nos quartéis, agora terão que enfrentar uma guerra cruel, pois terão do outro lado compatriotas.
As perguntas são:
1 – Quem fatura com o êxito da intervenção federal na Segurança Pública no Rio? Temer ou Bolsonaro?
2 – Quem se queima com o fracasso da intervenção federal na Segurança Pública do Rio? Temer ou Bolsonaro?
Digo que podemos está a caminho de um golpe militar light.