Apesar da crise financeira que aflige a maioria dos gestores públicos a nível nacional, alguns setores da administração pública municipal de Campina Grande não aparentam a situação ruim já que pagam super-salários a alguns secretários municipais, investimento esse superior ao que se gastou no mesmo período de janeiro a outubro deste ano com Assistência Social.
A Secretária de Educação de Campina Grande, Iolanda Barbosa que é ex-cunhada do prefeito, por exemplo, recebeu nos meses de janeiro a outubro de 2017, último mês divulgado no Sistema de Acompanhamento Online do Tribunal de Contas do Estado – Paraíba (Sagres-TCE-PB), a quantia de R$ 223.786,50, uma média mensal de R$ 22.378,65, da Prefeitura Municipal de Campina Grande. Já o Secretário de Administração Paulo Roberto que recebe mensalmente R$ 17.744,69, recebeu neste mesmo período a quantia de R$ 170.744,69. Somando somente os vencimentos destes dois auxiliares do prefeito Romero Rodrigues se chega à quantia de R$ 394.531,19.
Vale ressaltar que a PMCG investiu de janeiro a outubro deste ano em Assistência Social a quantia de R$ 168.823,75. Ou seja, a gestão de Romero já gastou mais do que o dobro com esses dois auxiliares do que foi investido em Assistência Social na cidade, no mesmo período. Talvez isso explique os motivos pelos quais desde a semana passada os carros dos Conselhos Tutelares da cidade estarem sem combustível para rodar. Segundo a coordenadora do chamado ‘Colegiadão’, que representa os quatro Conselhos Tutelares da cidade, Lana Menezes, a falta de condições de ir até o menor o deixa vulnerável a maiores agressões.
Ainda conforme dados do Sagres, a atual gerente da Vigilância Sanitária de Campina Grande, Betânia Araújo, irmã da primeira dama Micheline Araújo, esposa do prefeito Romero, recebe mensalmente, como gerente, um salário de R$ R$ 12.270,67. O detalhe é que a atual Secretária de Saúde, Luzia Maria Marinho Leite Pinto, que exerce o cargo mais elevado da pasta, ganha R$ 11.200,00, quase R$ 1 mil a menos.
Fonte: Polêmica Paraíba