A ação dos bandidos no prédio das Secretarias de Finanças e Administração de Campina Grande, na madrugada desta terça-feira, 05, expôs, entre outros aspectos, o descaso da gestão do prefeito Romero Rodrigues (PSDB) com os serviços públicos da cidade. Para os especialistas, a Guarda Municipal, criada com o propósito de cuidar dos próprios públicos, aliada ao sistema de monitoramento por câmeras, auxiliaria no combate à criminalidade, isso em parceria com a Polícia Militar.
O prédio que foi explodido pelos bandidos está localizado na Av. Floriano Peixoto, em frente ao edifício da Associação Comercial. Lá funcionam as Pastas de Administração e de Finanças. Nesse cruzamento, anos atrás, existiam câmeras de monitoramento, que foram retiradas pela Prefeitura Municipal sem nenhuma justificativa.
A Guarda foi criada em 2010, de acordo com a Lei Complementar nº 048 e, entre suas atribuições, estão:
“Art. 2° – Compete à Guarda Municipal de Campina Grande:
I – Vigiar e proteger os bens, serviços e instalações municipais;
II — Garantir o funcionamento dos serviços de responsabilidade do Município:
III – Apoiar os agentes municipais no exercício do poder de polícia administrativa.
Pelas redes sociais e na própria imprensa, noticia-se constantemente ataques a prédios públicos, incluindo nessa lista, Secretarias e escolas municipais. Bem recentemente, os bandidos explodiram o caixa eletrônico da Secretaria de Saúde, na Av. Assis Chateaubriand, local também que merecia uma ação mais constante da Guarda Municipal, armada e interligada à PM.
Numa reunião recente na Associação Comercial, os membros do Conselho de Segurança de Campina Grande denunciaram que quase inexiste câmeras de monitoramento na cidade.
Na rede social da Guarda Municipal (https://www.facebook.com/Guarda-Civil-Municipal-Campina-Grande-1443166242641324/), está registrado que aconteceu uma reunião entre membros da Guarda com o chefe de Gabinete do da PMCG, deputado Manoel Ludgero, no dia 16 de maio passado, quando foi reivindicado o seguinte: aquisição de 3 motos, 1 automóvel, fardamentos completos com coturno e armas não-letais (Taser), mas até agora não se tem notícia da conquista desses pleitos.
Ao Jornal da Paraíba, em agosto de 2014, o prefeito declarou que, até o final daquele ano, a Guarda estaria atuando armada e ainda prometeu um novo concurso para 2015, o que até agora não se concretizou. Veja a reportagem no link: http://www.jornaldaparaiba.com.br/vida_urbana/noticia/132958_guarda-municipal-vai-receber-armas-ainda-este-ano.
Em 2015, os guardas foram às ruas e protestaram com a falta de estrutura. No site G1 Paraíba (http://g1.globo.com/pb/paraiba/jpb-1edicao/videos/v/guarda-municipal-de-campina-grande-enfrenta-diversos-problemas/4998333/) há um vídeo mostrando o desmantelamento da Guarda. Porém, até agora, nada foi feito para melhorar a situação.
Redação