Cícero Lucena relutou em aceitar a indicação para a 1ª secretaria do Senado temendo virar vidraça. O que pouca gente sabe é que o senador tem um gabinete enxuto e nem a verba indenizatória usa, apesar de ter direito e ser legal.
Hoje o senador é o prefeito do Senado e tem poderes que só perdem para o do presidente da Casa, o reeleito José Sarney.
Não deixa de ser uma faca de dois gumes, pois o também paraibano Efraim Morais caiu na besteira de usar e abusar desse poder e acabou desmoralizado pela mídia nacional como o “senador gasparzinho”, por ter empregado dezenas de servidores fantasmas.
Por outro lado, Cícero tem a chance de mudar esse conceito de que a 1ª Secretaria é um antro de perdição moralizando-a.
Este é seu desafio, o pontapé inicial de sua reinserção como liderança ascendente no estado.
Em tempo: Cícero teve sua carreira política maculada por denúncias feitas a partir de conjecturas levantadas pelo Coletivo RC, que a pedido do seu líder trabalhava dia e noite para desconstruí-lo durante a gestão de prefeito de João Pessoa. Dessa ação sistemática vieram vários processos, que um a um o senador tem sido absolvido. Essa intriga gerou o impasse na coligação PSB-PSDB ano passado e o racha entre os amigos Cássio e Cícero. Ricardo e Cícero apesar de se cumprimentarem em público se odeiam nos bastidores. Existem feridas que nunca cicatrizam.