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CASO RIO CENTRO: No meio do caminho havia uma bomba, havia uma bomba no meio do caminho

24 de abril de 2011
em Notícias
Tempo de leitura: 3 mins de leitura
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No meio do caminho entre o Brasil da ditadura e o Brasil redemocratizado há um Puma flamejante

O país provavelmente seria outro se uma das bombas transportadas no veículo não tivesse explodido no colo do terror.

A coisa aconteceu, como se sabe, em 30 de abril de 1981. Já lá se vão 30 anos. E o Puma ainda arde na enciclopédia como chama mal explicada.

Os repórteres Chico Otavio e Alessandra Duarte levam às páginas deste domingo (24) uma notícia que traz à luz pedaços sombreados da história.

A dupla apalpou a agenda do sargento Guilherme Pereira do Rosário, em cujo colo explodiu, por imperícia, a bomba do Riocentro.

O sargento morreu. Seu acompanhante, o capitão Wilson Machado, feriu-se gravemente. Realizaram-se dois inquéritos militares.

O primeiro, de 1981, terminou em farsa. O capitão ferido na explosão declarou-se vítima, não autor do atentado.

Em notas, o Exército endossou a versão burlesca. O general Figueiredo, presidente de então, prometera prender e arrebentar quem se opusesse à abertura.

Porém, entre o cumprimento da promessa e a preservação da unidade militar, Figueiredo optou por fingir que não havia um Puma desafiando sua autoridade.

No segundo inquérito, de 1999, as conclusões migraram da farsa para a pantomima, do inacreditável para o inaceitável.

Ficou entendido que o sargento morto e o capitão ferido eram responsáveis pela explosão, não vitimas.

Incriminaram-se outros dois personagens: o oficial do Exército Freddie Perdigão e o civil Hilário Corrales.

Porém, o STM (Superior Tribunal Militar) absteve-se de punir os terroristas da linha dura. Entendeu-se que a ação deles estava coberta pela lei da anistia.

Foi num volume desse segundo inquérito, mandado ao arquivo em 2000, que os repórteres localizaram a agenda do sargento morto Guilherme Rosário.

A peça -um caderninho marrom que cabe na palma da mão- foi recolhida no local da explosão por um tenente, Divany Carvalho Barros.

Traz anotados, com a caligrafia de Guilherme Rosário, 107 nomes e seus respectivos telefones.

Cruzando dados da época com informações atuais, os repórteres lograram identificar metade dos nomes da agenda.

Descobriu-se uma autêntica rede de pessoas envolvidas com tortura e espionagem.

Há na agenda membros do “Grupo Secreto”, organização paramilitar de direita que deflagrou uma série de atos terroristas para tentar deter a abertura política.

Constam também da lista: militares da chamada comunidade de informações, agentes da Secretaria estadual de Segurança e representantes da sociedade civil.

De resto, o sargento anotara em sua caderneta telefones de meios de comunicação, para os quais ligaria a fim de comunicar sobre atentados.

Todo esse manancial de dados foi ignorado como pista na pseudoinvestigação. Muitos dos nomes da agenda permanecem vivos.

Contactados, disseram não se recordar do sargento da explosão. Não souberam explicar, porém, como seus nomes foram parar na agenda.

Retorne-se ao início: a abertura política iniciada nos anos 80 pelo general Geisel teria tomado outro rumo se a turma do Puma não tivesse se auto-implodido.

Se as bombas explodissem como planejado, haveria pânico e morte num show musical apinhado que se realizava no Riocentro.

Os “comunistas” seriam responsabilizados pelo sangue. A abertura provavelmente seria mandada ao beleléu.

Prevaleceria um Brasil de linha dura, que desaguaria em mais selvageria, nunca no Tancredo Neves do Colégio Eleitoral.

A nova reportagem não apaga o Puma do verbete. Ele continua lá, ardendo. Mas os dados ajudam a recontar um pedaço da história que muitos, ainda hoje, prefeririam esconder.

Do Blog do Josias

 

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