A reeleição de Oswaldo Trigueiro para o MPE levou ontem um tiro pelas costas. Ao cair da tarde a candidatura estava se esvaindo a cada republicação da lista de fantasmas e antes da madrugada ingressou em coma profundo.
O dia amanheceu e o seu estado se mantinha grave e pode até sobreviver por insistência, mas o quadro é irreversível.
Não acho justo que ele tenha sido atingido justamente por setores do governo que usaram e abusaram de uma parceria unilateral.
Acredito em Oswaldo quando ele garante que a lista de fantasmas publicados pela Revista Polítika não vazou do Ministério Público. Quem tem fontes privilegiadas dentro do governo não precisa de delação terceirizada.
Quem vazou foi o secretário Gilberto Carneiro por intercessão de Nonato Bandeira. Quem vazou foi o núcleo duro do governo para endurecer o jogo e criar algumas cortinas e fumaça e mudar o tema do debate para um mais favorável a si.
Noutra nuance, podemos também deduzir que o governador sinaliza para o apoio a outra candidatura, talvez alguém com sintonia mais fina e menos independência. Talvez Nonato Bandeira tenha achado que Oswaldo estava demorando demais na divulgação dos fantasmas.
Pode até ser que Oswaldo Trigueiro tenha sua reeleição ressuscitada se a categoria concluir que houve intromissão e que o MPE teve a sua independência ameaçada.
Por falar em fantasmas, pelo que li há espectros para todos os gostos. Se quiseram atingir Maranhão também acertaram em Cássio e até na própria atual gestão, que comparece com dóis.
Depois dessa mancada ouvi dizer que tem gente graúda por aí dizendo que “esqueçam os mortos para não acelerar o dia do juízo final”.