Se um cidadão comum quiser construir uma casa terá que comprar um terreno. Se um comerciante qualquer quiser abrir um negócio terá que comprar ou alugar um terreno para erguer seu empreendimento.
Como Roberto Santiago não é um cidadão comum, muito menos um comerciante comum, ele escolhe onde vai erguer o seu shopping e solicita direto ao governador um projeto de Lei para legalizar a grilagem.
O primeiro ele ergueu sobre o mangue e o segundo quer erguer sob um mar de lama
O terreno da Acadepol é do governo, o terreno que Roberto Santiago está oferecendo em troca também. Com as bênçãos da manobra política o mega empresário vai erguer mais um shopping economizando na primeira etapa uns 100 milhões.
Se de um lado RC aperta o torniquete nos pequenos servidores tratando-os como vagabundos que precisam trabalhar dois expedientes, do outro ele entrega a Roberto Santiago de bandeja o terreno da Acadepol.
Estamos diante de um escândalo muito maior do que o superfaturamento na compra da Fazenda Cuiá, que valia 2 milhões e a PMJP pagou 12 milhões.
Se os grandes sistemas de comunicação calarem com medo de perder as verbas do Manaíra Shopping, entendam seus motivos, pois é uma questão de sobrevivência.
Nós é que não podemos calar diante da clara dilapidação do patrimônio, onde de um lado o governador Ricardo Coutinho aceita “trocar” um terreno do Estado por outro terreno do Estado; e do outro um empresário usa seu cacife com o governador para começar um novo negócio se apropriando do patrimônio público como um dia aterrou o mangue, desviou e secou o Rio jaguaribe, e ergueu o Shopping Manaíra.
Espero que os deputados tenham bom senso e não aprovem este Projeto de Lei.
Se a Assembleia se ajoelhar estará desmoralizada e conivente; se a Justiça for provocada e legalizar não restará mais nenhuma instância acima de qualquer suspeita na Paraíba.
Sou daqueles que ainda acredita na existência de homens de bem.