Sem querer passar a mão na cabeça do governador Ricardo Coutinho, maior de idade e responsável pelos seus atos, mas cheguei à conclusão de que o ranço que ele exala em grande parte é alimentado pelo aconselhamento venenoso de uma sombra que lhe acompanha e corrobora para impregnar a atmosfera ao seu redor de ódio e petulância.
Ricardo não é flor que se cheire e o seu egocentrismo atrapalha mais do que ajuda, mas ter uma figura etérea realimentando o ego 24 horas por dia é o mesmo que oferecer chocolate a obeso. Ele ama, mas se prejudica.
Falo de Nonato Bandeira, o outro egocêntrico dessa relação, que sonha tão alto quanto Ricardo e ver no ego do outro a chance de um dia ter luz própria.
Quem conhece Ricardo sabe que ele é focado e acha feio o que não é espelho.
Quem conhece Nonato sabe que ele é daqueles que acha que o céu é perto.
Pixô e Ravengar, O Príncipe e Maquiavel, eles formam uma dupla tipo carne e unha. Um casamento.
Só que relação assim sempre acaba em tragédia e o amigo de hoje poderá ser o arquiinimigo de amanhã.
Quem conhece os pontos fracos pode um dia atingi-los. Todo Sansão tem sua Dalila.
Por isso a lógica de Ricardo ser o governador e Nonato querer ser o prefeito para quando um dia Ricardo sair do governo Nonato ser o sucessor.
Densidade eleitoral é apenas um detalhe, pois Nonato formata o líder Ricardo e o líder Ricardo convence a massa de que Nonato também é líder. Nonato não tem luz, mas abastece o gerador que mantém RC iluminado.
E sob as luzes da ribalta Nonato é a única sombra que Ricardo admite projetar. Até quando?